domingo, 16 de janeiro de 2011

If you seek Amy


Ontem aconteceu, em São Paulo, o tão falado Summer Soul Festival, que incluía o retorno de Amy Winehouse, a pequena Janelle Monaè e o Mayer Howthorne (quem?). Eu cheguei logo no final do show do Mayer Howthorne, que, apesar de ter uma música legalzinha e tudo mais, claramente acreditava que estava num show em que absolutamente todo mundo entendia inglês perfeitamente, tanto que passou horas contando longas histórias a respeito do aeroporto e da menina que ele costumava namorar, etc. Honestamente, ele não adicionou muito na minha vida, mas também não tirou nada. 

Janelle Monaè - Dance or Die

Eu acompanho o trabalho dela a um ano ou algo assim e sempre achei que ela era boa, mas preciso dizer que  não esperava um show tão incrível. Além da voz muito bonita e afinada, o nível de performance é acima de qualquer expectativa: Começou o show com a narrativa que explica a história de seu álbum, The ArchAndroid (baseado no filme Metropolis) e chegou no palco coberta por um manto e acompanhada por duas dançarinas. Daí para frente foram só surpresas: No telão passaram não apenas gravações ao vivo do Show, mas gravações já preparadas. A cantora além de cantar, claramente se divertiu, e até pintou um quadro. 
Infelizmente, para o nível de ambição, o show foi curto demais. Janelle precisa voltar para o Brasil e se apresentar novamente em um local fechado para um público só dela, para conseguir enlouquecer vinte vezes mais, se é que isso é possível. Esteticamente, o palco inteiramente preto e branco impecável dava uma aparência incrível.


Amy Winehouse

Todo mundo está se divertindo e esculachando a Amy, mas eu realmente acho que ela fez um bom show.
Claramente estava muito nervosa, sendo que nas primeiras músicas parecia quase a beira de lágrimas dentro do seu vestidinho lindo de pin-up, mas conseguiu seguir pelas músicas com a voz firme, fluída e maravilhosa. Foi a prova de que ela realmente tem um talento nato para cantar, e não só bons produtores nos discos.
Outra coisa que me surpreendeu foi o carisma: Mesmo quase não tendo falado durante o show, sendo bem pequenininha e cheia de tiques (entre os quais estava incluído o ato de esfregar o nariz, cof) ela conseguia preencher o palco inteiro e fazer o público se sentir confortável de estar lá. Não ficou falando em português nem nada, mas sorriu muito e fez algumas piruetinhas e, mesmo esquecendo as letras em alguns momentos, não titubeou e continuou cantando.
Além disso, um dos background-singers dela cantou duas músicas, não da cantora, e não antes publicadas, com muito carisma, o que eu achei o máximo, já que a banda inteira era muito talentosa, e tiveram uma chance de mostrar isso.
Tenho que admitir que ela não parecia estar cem por cento em termos de saúde, ou em termos de entorpecentes, mas com certeza ela conseguiu segurar a atenção do público e inclusive voltou para um bis de duas músicas quando o público pediu.
Minha paixão pela Amy só aumentou, e eu estou orgulhosa de me chamar de fã da mesma.


(Uma ótima surpresa no começo do Show: A Kate Nash vem!)

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